Existem várias formas de preencher a declaração de impostos. Uma delas é entregar todos os documentos necessários a um contabilista, para que ele trate disso por nós, geralmente a troco de 120 francos. Mas será que é mesmo necessário recorrer a um contabilista para declarar os impostos? A resposta é não. Aqui vou explicar passo a passo como preencher a declaração de impostos.

Ainda que, claro, cada cantão tenha um formulário próprio, o método de preenchimento é muito parecido para qualquer um deles. Além disso, hoje em dia, os cantões já disponibilizam estruturas online que permitem preencher esta declaração com mínima dificuldade.

Proceder de forma metódica

A estratégia mais eficaz para preencher a declaração de impostos é assumir uma postura metódica. Para começar, é necessário recolher toda a documentação base. Estes documentos são:

  • Certificado de salário, se exerceres uma atividade lucrativa dependente, ou seja, empregado. Se receberes salário por outras atividades além do emprego principal, também deverás juntar os determinados certificados;
  • Justificativos de ganhos isentos de impostos;
  • Contas da tua atividade independente, assinadas ou atestadas por um contabilista;
  • Extratos bancários de todas as contas. Geralmente, estes documentos são fornecidos pelo banco no final do ano. Se, por acaso, não os tiveres recebido, é provável que os encontres na tua conta de e-banking;
  • Extratos bancários relativos às dívidas, tanto como os empréstimos ao banco, como os juros pagos ao banco;
  • Justificativos das taxas de desempenho de valores mobiliários (ações, fundos de investimentos, obrigações, etc.)
  • Justificativos de gastos relacionados com o aperfeiçoamento profissional ou reconversão profissional;
  • Justificativos de ganhos em jogos de azar, se forem superiores a 1000 francos. Os recibos destes têm de ser os originais;
  • Recibos de taxas de administração de valores mobiliários ou investimentos de capital;
  • Justificativos com os valores dos “prémios” pagos aos seguros. Podem ser os seguros de saúde, invalidade, de acidente, ou de vida, possivelmente deduzidos do rendimento, até uma determinada quantia.
  • Certificados para as rendas e pensões (AVS/AI, etc) e indemnizações de perdas de rendimentos (acidentes, desemprego, doenças, serviço militar, entre outros);
  • Certificados dos tarifários de casas de repouso;
  • Certificados para a cotização de formas reconhecidas de pensões, como, por exemplo, o terceiro pilar, e que são comunicados pelas instituições de pensões;
  • Justificativos para a compra de pensões profissionais;
  • Certificados dos valores de recompra de seguros de vida e pensões;
  • Justificativos de doações efetuadas durante um ano fiscal de referência, ou de contribuições feitas a partidos políticos;
  • Justificativos de pensões alimentares recebidas ou enviadas;
  • Justificativos de propriedades imobiliárias fora do cantão de domicílio e no estrangeiro;
  • Justificativos que permitem a redução de algumas despesas a proprietários de apartamentos ou prédios, como, por exemplo, os seguros dos prédios, as contribuições ao condomínio e as taxas imobiliárias;
  • Justificativos de trabalhos de remodelação;
  • Faturas de rendimentos de aluguer;
  • Faturas de despesas de baby-sitting ou creches;
  • Justificativos de despesas de saúde.

Ainda que tenha elaborado uma vasta lista, podem não constar aqui certos documentos necessários para o teu caso particular, já que estes dependem do que é pedido por cada administração cantonal. Permanece uma lista bastante completa, que podes usar como lembrete para preencher a declaração de impostos.