A evolução positiva da pandemia do coronavírus tem continuado desde a semana passada, com uma diminuição do número de infeções e hospitalizações, disse Patrick Mathys na terça-feira. As pessoas mais afetadas são os jovens e as pessoas com grande mobilidade.
Segundo o chefe da secção de Gestão de Crise e Colaboração Internacional do Gabinete Federal de Saúde Pública (OFSP), a taxa de ocupação em cuidados intensivos permanece “a um nível muito elevado”. Três quartos das camas estão ocupados, 30% dos quais por doentes infetados com o coronavírus.
“São sobretudo os jovens dos 10 aos 19 anos que são afetados. À medida que a cobertura vacinal aumenta nesta categoria, é de esperar uma nova queda nas admissões hospitalares a curto prazo”, disse Patrick Mathys numa conferência de imprensa realizada esta terça feira.
Menos hospitalizações por haver menos viagens de regresso ao país
“O número de casos de coronavírus e hospitalizações diminuiu ligeiramente recentemente”, disse Samia Hurst, vice-presidente da Task-Force científica federal, à imprensa na terça-feira. Ela associou esta melhoria principalmente à queda acentuada do número de pessoas que regressaram de viagens ao estrangeiro e que foram hospitalizadas.
“Com a chegada dos dias mais frios e a mudança de comportamento das pessoas, contudo, pode assumir-se que o número de infeções por coronavírus irá aumentar no Outono. Não podemos dizer que a quarta vaga foi quebrada”, sublinhou ela.
Samia Hurst salienta também que nove em cada dez hospitalizações podem ser evitadas por vacinação. Acrescentou que na Suíça, entre 21.000 e 42.000 hospitalizações poderiam ser evitadas se todos os que ainda não foram imunizados fossem vacinados.
Questionado sobre o perfil dos pacientes em cuidados intensivos, o perito salientou que era o mesmo que durante o Verão. Os pacientes são mais jovens do que em ondas anteriores, alguns sem fatores de risco. As estadias são também mais longas, o que leva a uma saturação mais rápida da capacidade.
Fonte: RTS