O processo de vacinação não tem estado a correr como previsto na Suíça. Alguns cantões referem faltarem doses suficientes para administrar aos pacientes.

Cantão de Vaud quer acelerar o ritmo das vacinações, mas faltam doses

As autoridades de Vaud defendem-se por não serem tão rapidos do que outros cantões. Dizem estar a apostar num aumento gradual com, entre os novos anúncios, a eventual abertura de um grande centro de vacinação em Beaulieu com capacidade para vacinar 2000 pessoas por dia.

Para relembrar quatro centros de vacinação  já estão ativos no cantão de Vaud, no CHUV em Lausanne, Yverdon, Morges e Gland. Outros dois abrirão na segunda-feira em Payerne e Rennaz.

Doses dadas de forma calculada

“Isto não é um concurso de beleza”, disse Oliver Peters, chefe do planeamento de vacinação de do cantão de Vaud, criticando as comparações feitas nos últimos dias entre cantões. Enquanto alguns cantões administravam as suas primeiras doses rapidamente, outros como Vaud o fazem de uma forma calculada, explicou ele numa conferência de imprensa.

“Queremos sempre poder dar a segunda dose”, que é necessária para que a vacina seja eficaz, disse Oliver Peters. Disse ter recebido chamadas de alguns cantões que, tendo acelerado na vacinação, já não eram capazes de fornecer a segunda dose.

O chefe do departamento alertou sobretudo para uma “falta de stock” que poderia ocorrer no início de Março, tendo em conta o atual calendário de entregas previsto pela Confederação.

No Valais/Wallis já faltam doses

O Instituto Central de Hospitais (ICH) já não está a receber novas vacinas, disse na sexta-feira Joakim Faiss, porta-voz do Hospital de Valais. A falta de vacinas diz respeito tanto à da Pfizer como a Moderna.

A situação é “inesperada” para a ICH, que recebe, armazena e distribui as doses às cirurgias dos médicos, que são os únicos a administrar a vacina no Valais. Aparentemente, os fabricantes têm dificuldade em entregar e a ICH não tem qualquer controlo sobre isso.

As práticas que já fizeram encomendas serão fornecidas até ao início de Fevereiro, mas aqueles que encomendarem hoje não receberão a entrega, diz Joakim Faiss. A ICH não sabe quanto tempo esta situação irá durar.

No entanto, não há qualquer problema relativamente à segunda dose que cada paciente deve receber. Isto é garantido, assegura a ICH.