Os resultados são os seguintes: 56,6% da população votou a favor de uma proibição da publicidade ao tabaco. Em contrapartida, 54,6% da população votou contra a ajuda dos meios de comunicação social, 62,7% contra o imposto de selo e 79,1% contra a iniciativa de proibir os testes em animais.
Iniciativa para a proibição dos ensaios em animais
A iniciativa popular “Sim a uma proibição de experiências em animais e humanos” procurou proibir todas as experiências em humanos e animais, bem como a importação de novos produtos desenvolvidos através de tais experiências.
O Conselho Federal e o Parlamento apelaram à rejeição do texto, temendo que este iria dificultar demasiado a investigação médica e científica na Suíça. Consideraram que a legislação actual era suficientemente rigorosa.
O povo Suiço seguiu o apelo do Conselho Federal e do Parlamento e rejeitou o texto.
Iniciativa para proibir a publicidade ao tabaco
A iniciativa “Sim à protecção das crianças e jovens contra a publicidade ao tabaco” pretende proibir toda a publicidade ao tabaco em locais onde crianças e jovens a possam ver, por exemplo na imprensa, em cartazes ou na Internet, em cinemas, em quiosques ou em eventos. O projecto foi iniciado por várias organizações de saúde e juventude e foi apoiado pela esquerda e pelos Verdes.
O Conselho Federal e o Parlamento opuseram-se a ela. Propuseram a nova Lei dos Produtos do Tabaco como contra-proposta indirecta. Esta proibição de publicidade a produtos do tabaco e cigarros electrónicos em cartazes e no cinema.
O povo Suíço não seguiu o apelo do Conselho Federal e do Parlamento e votaram a favor da proibição da publicidade ao tabaco.
Lei de abolição do imposto de selo
A alteração à Lei Federal do Imposto de Selo previa a abolição do imposto de selo federal, o que traz cerca de 250 milhões de francos suíços por ano para a Confederação. O referendo foi iniciado pela esquerda e pelos sindicatos, que argumentaram que a reforma apenas beneficiaria as multinacionais e prejudicaria os serviços públicos.
O Conselho Federal, os partidos de direita e do centro, e a comunidade empresarial apoiaram a abolição do imposto de selo, que consideraram como uma desvantagem competitiva para a Suíça enquanto local de negócios.
Com este resultado, os Suíços decidiram não abolir o imposto de selo.
Lei de apoio aos meios de comunicação social
A lei federal sobre um pacote mediático previa um aumento da ajuda de 151 milhões de CHF por ano, em particular para a distribuição de jornais e revistas, e ajuda directa aos meios de comunicação online. O projecto foi defendido pelo Conselho Federal e pelo Parlamento, que temiam que os jornais desaparecessem e que certas regiões deixassem de ser abrangidas.
A comissão referendária, composta por vários membros da SVP/UDC, considerou que esta ajuda não se justificava economicamente, uma vez que os cinco principais grupos de imprensa do país tinham registado lucros nos últimos anos.
Os Suíços recusaram o aumento do apoio aos meios de comunicação social.