Os Suíços foram às urnas para votar sobre duas iniciativas: “empresas multinacionais responsáveis” e “para uma proibição do financiamento dos produtores de material de guerra”.

Iniciativa empresas multinacionais responsáveis

A iniciativa “para as multinacionais responsáveis” sofreu as consequências da regra da dupla maioria – cantões e povo. Apesar de um voto “sim” de 50,7% do povo, o texto que pretendia impor regras rigorosas às empresas foi rejeitado por mais de metade dos cantões. Esta falha abre o caminho para a entrada em vigor da contra-proposta indirecta elaborada pelo Parlamento.

Segundo Géraldine Viret, porta-voz da ONG Public Eye, entrevistada na RTS, “não podemos falar de uma vitória porque este contra-projecto não permitirá combater as violações dos direitos humanos. O nosso sentimento é uma mistura de desilusão e orgulho porque percorremos um longo caminho”.

A contraproposta obriga as empresas suíças a monitorizar de forma transparente os riscos das suas actividades para o ambiente e a população no estrangeiro, segundo a conselheira federal Karin Keller-Sutter. Em particular, estas empresas terão de exercer a devida diligência no que diz respeito ao trabalho infantil e aos minerais de guerra. Em alguns casos, a Suíça irá ainda mais longe do que outros países.

Iniciativa para uma interdição do financiamento dos produtores de material de guerra

A iniciativa “por uma proibição do financiamento dos produtores de material de guerra” foi rejeitada por 57,4% dos eleitores e pela maioria dos cantões. Apenas Genebra, Neuchâtel, Jura e Basel-Stadt apoiaram o texto. Assim, esta iniciativa não passa e os investidores podem continuar a investir em empresas deste género.

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Fonte: RTS